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Áreas comunsFormado como escultor, o meu trabalho explora a comunicação através de linguagens e conceitos, o que requer uma descodificação de fórmulas e mensagens, muitas vezes inconscientemente. No México (2014) descobri a relevância da antiga caligrafia espanhola, que utilizei em peças de cerâmica tradicional. Em Teerão (2016 e 2017) combinei a tipografia geométrica cúfica da Idade Média iraniana com códigos QR digitais para enfatizar a semelhança do uso das tecnologias de comunicação em culturas muito distantes no tempo. Mais recentemente trabalhei com a história das Amazonas narrada nos métods do Partenon em Atenas num projecto (Amazonomaquia) que utiliza fotografia, desenho tipográfico, madeira e vídeo para fazer uma leitura de género moderna.
Há três anos atrás defini um conceito inovador sobre a dinâmica das imagens a que chamei Biologia da Imagem. Da mesma forma que o cinema utiliza o mesmo meio para lidar com muitas imagens em sucessão, analiso como a mesma imagem toma forma em diferentes meios.
Durante uma estadia em Beirute (2019), utilizei fotografias de arquivo de personagens libanesas e as minhas esculturas em madeira das mesmas imagens e as suas impressões. O resultado foi o meu primeiro projecto Para uma biologia de imagens; Deuses da Fronteira.
Estou actualmente a trabalhar num projecto que complica ainda mais esta ideia. Utilizando caixas de madeira de três paredes, com imagens nos seus dois lados, estendi o conceito a um plano tridimensional de maior abertura conceptual. Investigo conceitos que ilustram o uso de elementos culturais que compensam as deficiências na interacção social, aquilo a que chamo próteses culturais.
Pretendo perseverar no estudo artístico das línguas, da biologia das imagens e das próteses culturais. Há aspectos de interesse que fazem parte do mundo artístico, tanto como objecto de trabalho como como ferramenta utilizada pelos artistas.
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